sábado, 26 de junho de 2021

Incertezas da pandemia

No final de 2018, eu decidi que tentaria o duplo diploma. A partir desse momento, comecei a procurar as pessoas que já haviam passado pelo processo para fazer N perguntas e me situar - além de que, desde aquela época, eu já sentia uma ansiedade de tudo o que eu passaria. Porém, quando eu conversava com algumas pessoas, eu não sentia aquela empolgação que eu pensava que a pessoa teria. Ao meu ver, passar em um processo seletivo de intercâmbio era algo tão longe da minha realidade que se alguém ganhasse essa oportunidade, seria feliz eternamente.

Depois que eu fiz o processo seletivo, nem tive tempo de ficar ansiosa pela resultado, pois no mesmo dia eles divulgaram os selecionados. No momento em que vi o meu nome, mil coisas passaram pela minha cabeça, misturando felicidade e medo. Felicidade por toda a caminhada que eu passei, porque manter as notas não foi algo simples e fácil, além de que eu tinha que ir bem na faculdade, aprender uma nova língua e ainda participar de iniciativas extraclasse. E o medo que eu senti foi pelo desconhecido: eu nunca viajei para fora do país, não sei se as pessoas irão me entender (e eu entendê-las), além de ter que dar um jeito para qualquer problema que aconteça sem o apoio da minha família ali do lado. Acho que esses medos ainda persistem...

O processo seletivo costuma ser em setembro/outubro e se você passa para a Ponts, a partir do momento da aprovação, você começa a organizar as papeladas. Basicamente você precisa montar o seu dossiê e enviar para a escola aprová-lo como aluno (e receber a sua carta de aceite). E sim, cria um medo da escola não nos aprovar, PORÉM isso nunca aconteceu. Caso você passe para a EIVP, esse processo será apenas no outro ano, por volta de maio/junho. A documentação depende de cada escola, mas não é nada extremamente difícil. Acredito que a parte que mais precisamos ter atenção seria a carta de motivação, pelo menos foi o documento que eu mais demorei para produzir (e é francês). Ah! Outra coisa importante são os certificados de proficiência: para a Ponts, você precisa comprovar o francês e inglês em A2 (GCC) e B1 (VET). Na EIVP não pediram comprovante, mas eles perguntam o seu nível. Nas duas escolas, para você formar, precisa ter proficiência B2.

Enfim, no meu caso, eu fiquei um longo tempo esperando para enviar a documentação (porque eu passei para a EIVP) e nesse período, algumas pessoas me chamaram para saber sobre o processo. Eu achei um máximo, porque eu amo falar sobre o duplo diploma, mas foi nesse momento que eu vi que eu não estava tão empolgada quanto eu imaginava estar. Um amigo me disse que ficou totalmente eufórico (e ainda está...) desde que passou no processo, mas eu continuo "neutra". Fico pensando nas incertezas, principalmente em conta da pandemia. Desde abril, as fronteiras estão fechadas para os estudantes. Estamos em junho e o processo de visto está parado. Não sei se irei embarcar neste ano, nem se farei o intercâmbio em 2021, porque as chances das escolas darem aulas remotas são bem baixas, visto que na França está quase tudo OK.

O que me resta é esperar, havendo a possibilidade de tudo se resolver em pouco tempo (ou não).


 


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