segunda-feira, 29 de março de 2010

Bourse Eiffel

O resultado da Bolsa Eiffel que tanto esperávamos foi um tanto decepcionante. Acreditávamos que os 5 alunos que tentaram poderiam consegui-la, mas somente o Carlos conseguiu. O Nilo disse que houve uma reducao da verba deles e consequentemente do numero de bolsas. Isto pode ter ocorrido por causa da crise, mas sei lá, isso é só uma hipótese. Ah! O resultado estava previsto para a semana do dia 22. Ficamos desde a segunda-feira olhando sem parar no site! E o resultado só saiu na sexta! Muito tenso isso! Neste momento eu sou a unica aluna sem bolsa, mas nem todas as esperanças estão perdidas!!! O conselho regional Île-de-France oferece uma bolsa de 368 euros por mês e uma moradia no centro de Paris. Eu tentei essa bolsa também, mas a resposta sairá somente no dia 11 de junho. Além disso, o Roberto Márcio ficou de tentar mais bolsas Capes/Brafitec, visto que o numero de vagas aumentou de 5 para 7, justifica-se o aumento de bolsas neh? Bom, espero que a proxima geração não passe por essa agonia que tô nela! rsrs... Depois mando mais notícias sobre o fim dessa novela! Janaina Park
Share:

terça-feira, 16 de março de 2010

E quem afinal é essa tal de ENPC? [parte 2]

Continuando o post anterior...




O sistema de ensino francês (complementos)


Gostaria de deixar claro uma coisa que esqueci de falar na parte do sistema de ensino: a formação de engenheiro na ENPC, apesar de ser direcionada a uma ou outra área, NÃO proporciona um diploma com “ênfase em alguma coisa" (por exemplo, Bacharel em Engenharia Civil com ênfase em Transportes), ou seja, todos os alunos terminam os estudos e recebem exatamente o mesmo diploma. Outra coisa é que cada semestre possui nomes (bastante intuitivos) de acordo com o número do mesmo. Os dois semestres do ano L são o S1 e o S2, assim como os seguintes são o S3 e S4 (ano M1) e S5 e S6 (ano M2). Essas siglas parecem bobas, mas são importantes para entender uma porção de informações disponíveis no site da ENPC.


A dúvida (talvez cruel): ficar 2 ou 3 anos?

A questão é a seguinte: decidir entre ficar 2 ou 3 anos fora do nosso querido país. A dúvida ocorre devido às duas opções de “estágio” existente durante o curso na École de Ponts (“estágio” entre aspas será explicado daqui a pouco). Entre os anos M1 e M2, o aluno deve escolher entre fazer um estágio de 2 meses durante as férias (chamado stage court) ou fazer um estágio com duração de 1 ano (o chamado stage long). Nos dois casos, o aluno irá trabalhar full time, ou seja, o dia inteiro, e a intenção da École é realmente de dar ao aluno uma visão de como é trabalhar de verdade. Apenas reforçando para ficar claro, mesmo o estágio de 1 ano é feito ENTRE os anos M1 e M2, ou seja, o aluno estuda durante 1 ano na França, depois faz um estágio de 1 ano (full time), depois volta para a ENPC para estudar por mais 1 ano. Esses estágios podem ser feitos na própria França ou em outro país e a ENPC dá palestras úteis sobre como redigir um CV, como se comportar numa entrevista de emprego, etc. Porém, no final das contas, quem vai correr atrás e conseguir o stage é o aluno, a École não fará nada além de lhe mostrar o caminho. Ficar 3 anos, apesar de parecer loucura, pode ser útil para aqueles que porventura não conseguirem uma bolsa para ficar na França ou aqueles cuja bolsa dure apenas 1 ano, pois durante o ano de trabalho o aluno recebe relativamente bem e pode, então, guardar algum dinheiro (claro, tudo vai depender do modo de vida da pessoa e do stage que ela conseguiu).


Stage versus estudos


Primeiramente, gostaria de explicar porque falei “estágio” entre aspas. A questão é que lá o que eles chamam de “stage” é o que nós consideramos como Engenheiro Júnior ou talvez até mesmo trainee, não é aquele “estágio” em que a pessoa vai ficar tirando Xerox, ou despachando documentos, fazendo desenhos de CAD, coordenando equipe de peões, etc, etc... O aluno irá trabalhar durante o dia inteiro e APENAS trabalhar (nada de aulas), ou seja, se aproxima mais de um emprego que de um estágio (falando nos moldes brasileiros), além de executar tarefas como se já fosse um engenheiro formado (claro, de acordo com o nível de formação já adquirido pelo aluno; ninguém espera que você haja como um super engenheiro formado e cheio de experiência). Já durante as épocas de estudo (os anos M1 e M2), o aluno APENAS estuda: além de não dar tempo de conseguir um emprego (normalmente), acho que tem alguma coisa da École que proíbe o aluno de trabalhar (mas não tenho muita certeza se existe isso mesmo ou se eu que pensei nisso... mas é algo assim, lembro da Diretora da ENPC ter comentado algo do tipo). Outra época de “estágio” durante o curso é o chamado stage scientifique, realizado durante o ano L, com duração de cerca de 3 meses. É para esse tipo de stage que alguns alunos da ENPC vieram ao Brasil no ano passado (Nicolas, Seb e a Agnès) e esse ano vem mais alguns (não sei os nomes ainda, mas são 4 da ENPC e mais 2 da Universidade de Rouen). Ainda, no S6, o aluno deve fazer o chamado Projet Final, em que ele não tem mais aulas e fica por conta do projeto de graduação. Esse projeto é desenvolvido dentro de uma empresa real e a pessoa depois faz cerca de um relatório (obviamente extenso) sobre as atividades desenvolvidas nesta empresa. O bacana disso tudo são os fatos de você poder se dedicar única e exclusivamente a esse projeto, além de você desenvolver algo que é real, concreto, palpável, realizável e que acaba transcendendo aquela coisa meio teórica demais de um projeto de graduação feito no Brasil. Maiores informações sobre cada stage e sobre o projet final, não hesite em consultar o site da École de Ponts.


Fazendo as contas em euros

Bom, esse tópico é para responder àquela famosa pergunta que nós fizemos diversas vezes e que agora escutamos também diversas vezes: será que a bolsa dá? E a boa notícia é que SIM, ela é suficiente! É claro que ela não é suficiente para se fazer uma viagem ao Brasil todo mês, mais três viagens aleatórias, comer nos melhores restaurantes e viver no melhor hotel disponível... Mas dizem (nossos amigos que lá estão e os que já foram pelo programa antigo de 6 meses) que mesmo a bolsa anterior (de 600€) era suficiente para viver por lá. Já ouvi falar que com cerca de 500€, 550€ a vida é relativamente boa. O mais pesado de tudo são o alojamento (390€, veja tópico mais abaixo) e a alimentação. No entanto (e corrijam-me se eu estiver errado, caros colegas), a ENPC dá uma ajudinha de custo (pouca, mas válida) para os alunos, 2,24€ por dia (que geralmente vão todos embora no almoço). Com a bolsa de 870€, a coisa é ainda melhor e dá-se para ter uma vida mais feliz. Imagine agora com uma bolsa de 1181€? Ma-ga-vilha! Haha! Enfim, no final das contas, dá para viajar bastante pela Europa, dá para viver bem e dá para vir ao Brasil, nem que seja 1 vez por ano. Informações mais detalhadas eu não tenho, mas lá vai algumas curiosidades que eu descobri pela vida afora: (1) uma garrafa de vinho nacional (dos bons) é mais ou menos o mesmo preço de uma latinha de cerveja; (2) um sanduíche desses normais custa de 2 a 5€; (3) tem uns restaurantes em que você paga um preço fixo e tem direito a entrada, prato principal e talvez até sobremesa, mas esse preço é um pouco mais alto (cerca de 20 a 30€, nos restaurantes mais comuns); (4) no geral, os preços das coisas (de acordo com o site do Carrefour francês) são "iguais" aos do Brasil no sentido de que, se você ignorar o símbolo monetário, é tudo igual! =D


Acomodação e transporte

A École de Ponts se localiza na Île-de-France, que é como se fosse a região metropolitana de Paris. A distância entre a porta da ENPC e o centro de Paris é de mais ou menos 20 km. Quanto ao transporte, em geral não há com o que preocupar: há trens e ônibus para tudo quanto é canto e em vários horários (há até mesmo uns trens especificamente noturnos!). Não conheço nada de lá pessoalmente, mas sei por relatos de várias pessoas que andar pela França (especialmente por Paris e pela Île-de-France) é bem fácil, pois em todo canto há um mapa com as linhas dos trens/ônibus, o transporte público é confiável e pontual (em geral) e as coisas realmente funcionam. Há uma linha de trem (RER-A) que tem um ponto pertinho da Maison Meunier e que leva até Paris rapidamente. Se você quer saber mais sobre o transporte na França, visite o site www.ratp.info e fuce bastante! Por falar em Maison Meunier, falemos da acomodação. Os quartos dessa Maison são destinados aos alunos em nível M1 (em geral) e os preços (por mês) são os seguintes: 330€ (quarto para duas pessoas, 24m²), 390€ (quarto para duas pessoas, 32m²) e 579€ (quarto para uma pessoa, 20m²). Todos os quartos possuem banheiro, mini-cozinha (com alguns utensílios, pia, microondas, fogão de tampo, frigobar), camas, escrivaninhas, etc, etc, etc. No entanto, antes de escolher qual tipo de quarto você quer, considere o seguinte: o quarto menor e mais barato pode ser bastante incômodo. O Hugo (um dos que estão na França hoje) nos mandou um e-mail recentemente relatando que escolheu esse quarto e que se arrependeu, pois o conforto do quarto maior (de 390€) compensa pelos 60€ a mais... No mais, na Maison há uma lavanderia em que você deixa suas roupas (não sei se é paga a parte ou está inclusa no preço mensal) e sei também que tem uma "arrumadeira" que vai nos quartos uma vez por semana (favor me corrigirem se houver algo errado, pessoas!). Durante o stage, a ENPC não lhe arruma uma moradia, isso é também por sua conta (e custeio). No último ano, os alunos tem preferência na Maison de Mines, mas eu não sei nada de lá para falar aqui nesse post.


E o que levar para a França?

Essa também é uma das perguntas que mais fizemos para nossos amigos atualmente na França... E as respostas? (1) tênis lá são baratos; (2) as roupas de frio daqui talvez sejam insuficientes para o frio de lá (logo, é bom comprar lá, mas diz a Laísla para esperar Janeiro/Fevereiro que os preços caem bastante nas soldes); (3) não compensa encher as malas com livros daqui, porque lá você vai ganhar vários livros até e a didática e enventualmente algumas nuances das matérias são também diferentes; (4) levar comidas/bebidas que lhe farão falta (como feijão, pinga, massa de pão de queijo/polvilho, etc.). Ah! Importante! Leve também uma grana inicial! Não sei exatamente de quanto as pessoas precisaram, mas calculei cerca de 1500, 2000€. Esse dinheiro é para você pagar coisas como a carte de transport, três vezes o preço mensal da moradia (duas vezes para compor a "reserva caução" e uma vez para pagar o primeiro mês), taxas escolares e direitos de inscrição (não sei até que ponto as pessoas pagaram isso), seguro social, dinheiro para viver até o recebimento da bolsa, etc.


Bom, gente, é isso aí. Não sei de mais nada que eu possa falar por aqui, pelo menos por enquanto. É claro que há muito mais informações espalhadas por aí, mas se você realmente está interessado, busque-as no site da ENPC, nos sites das prefeituras (de Paris e da Île-de-France), nos sites dos sistemas de transporte, nos sites de guias turísticos, etc, etc, etc...

No mais, tenham todos uma boa semana!


PS: com relação às equivalências de matérias entre a ENPC e a UFMG, citadas no post anterior, há muitas controvérsias e especulações; portanto, NENHUMA DAS INFORMAÇÕES disponíveis neste blog (com relação a este assunto) deverá ser tomada como certeza absoluta!
Share:

quarta-feira, 3 de março de 2010

E quem afinal é essa tal de ENPC? [parte 1]

Bom, imagino que as pessoas que lêem o nosso blog às vezes podem ter diversas dúvidas com relação a vários assuntos. Um deles é sobre a própria ENPC, a escola em que iremos estudar na França. Sendo assim, resolvi fazer este post para sanar algumas dessas dúvidas e esclarecer algumas coisas (na verdade, o post ficou muito grande e eu resolvi dividi-lo em algumas partes).


A École de Ponts

A ENPC, ou École Nationale de Ponts et Chaussées, faz parte do grupo ParisTech, que é uma reunião de 12 das maiores instituições de ensino superior da França, em diversas áreas (ligadas a tecnologia). Quem quiser saber mais sobre a instituição, acesse: www.paristech.fr. A École é a mais antiga escola superior de Engenharia Civil do mundo, tendo sido fundada em 1716. Hoje ela é considerada a 3ª melhor instituição de ensino superior da França e a melhor em Engenharia Civil (dados repassados por colegas nossos que estão lá na França atualmente). A École tem formações nos domínios de Engenharia e Construção Civil, Meio Ambiente, Engenharia de Transportes, Planejamento Urbano, Engenharia Industrial, Engenharia Mecânica, Economia, Finanças e Matemática. No entanto, o acordo que existe entre a UFMG e a ENPC é exclusivo para o curso de Engenharia Civil (olha só que privilégio, hein?!) e, no Brasil, só existe acordo semelhante entre a ENPC e a USP/Unicamp.


O sistema de ensino francês

Na França, os alunos fazem o chamado Bac (Baccalauréat), que é tipo o nosso Vestibular. Na ENPC (não sei das outras, mas acho que é tudo igual), os alunos entram no nível chamado Licence (L), que é o primeiro dos 3 anos padrões da formação superior deles. Os dois níveis seguintes são chamados Master (M1 e M2) e, apesar do nome, não devem ser confundidos com o que no Brasil é chamado de Mestrado. No entanto, diferentemente do Brasil, esses 3 anos são apenas a parte específica dos cursos (chamado Ciclo Profissional, no Brasil), pois os alunos fazem 2 anos de preparação (o nosso Ciclo Básico, ou o famoso tempo do ICEx) antes de ingressarem na ENPC. O Mestrado propriamente dito é chamado, em geral, Master Recherche ou Master Professionel. Existe ainda o Mastère Spécialisé, que é mais ou menos a nossa Especialização ou Pós-Graduação Lato Sensu (que não é Mestrado nem Doutorado). Além disso, há o Doctorat, que corresponderia ao nosso Doutorado. No entanto, essas correspondências não são 100% perfeitas e há diferenças na estrutura dos cursos, etc, etc, coisas que não vem ao caso agora. Durante o nível L de formação, os alunos tem aulas de Matemática, Física, Química, Ciências Humanas e Sociais, Design e diversas outras.


Os departamentos da ENPC

Assim como o nosso curso de Engenharia Civil na UFMG é baseado em disciplinas de diversos departamentos (Hidráulica, Materiais, Geotecnia, Transportes, Estruturas, Ambiental), o esquema na ENPC é também o de uma divisão em departamentos. Lá existem dois departamentos importantes para nós: o GCC (Génie et Construction Civil), que é como uma reunião das partes de Estruturas, Geotecnia e Materiais, e o VET (Ville, Environnement et Transport), união de Transportes, Ambiental e uma área (no Brasil) pertencente à Arquitetura e Urbanismo que é a de Planejamento Urbano. A parte de Hidráulica é meio que divida entre o GCC e o VET. Além disso, existem outros departamentos (consulte www.enpc.fr), mas nenhum deles está acessível a nós, pelo menos a princípio. Digo isso pelo seguinte: lá na ENPC, quando o aluno passa do nível L para o M1, ele deve escolher um departamento para seguir sua formação. Como os alunos de duplo diploma ingressam direto no nível M1, eles devem também escolher de cara um departamento. Uma vez escolhido, você fará cerca de 70% dos seus créditos em matérias do seu departamento, sendo os 30% restantes feitos em outros departamentos (excluídos os créditos de línguas, descritos abaixo). Com isso, o pessoal da ENPC pretende dar um enfoque um pouco maior à sua área de interesse, porém sem deixar de lhe proporcionar uma formação ampla e completa como Engenheiro Civil. Uma especificidade do departamento VET é que você, além de escolher o VET, deve escolher qual área de especialização prefere: Planejamento Urbano, Meio Ambiente ou Transportes (no GCC isso não ocorre). Vale muito a pena entrar no site da École e dar uma olhada nas grades curriculares de cada departamento/área, pois essa escolha irá afetar a grande maioria das matérias que você fará lá (assim como as matérias que você poderá eliminar aqui na UFMG).


Grades curriculares de cada departamento/área

GCC:

VET (Planejamento Urbano):

VET (Meio Ambiente):

VET (Transportes):


A formação linguística

A questão internacional na ENPC é muito forte. Um exemplo disso é a questão do ensino de línguas, que deve corresponder a no mínimo 20% do tempo total de estudos. Na École, todos os alunos devem fazer aulas de Inglês. Para terminar o curso, aliás, é necessário que o aluno faça 750 pontos no exame TOEIC, ou então que ele apresente um diploma de um exame equivalente (CPE Cambridge, CAE Cambridge, FCE Cambridge, TOEFL, etc.). Além disso, os alunos também devem fazer pelo menos uma outra língua, escolhendo entre Alemão, Italiano, Russo, Espanhol, Árabe, Chinês ou Japonês. Ainda, para alunos não-francófonos (de nascença), a ENPC fornece aulas de Francês. Para os alunos que entram pelo concurso comum (como se fosse o nosso Vestibular para entrar na UFMG), estes devem obrigatoriamente fazer uma parte do curso ou um estágio no exterior, com duração mínima de 8 semanas consecutivas.


A flexibilidade das matérias dentro dos departamentos

Em qualquer departamento, existem matérias obrigatórias e optativas, mais ou menos no mesmo esquema da UFMG. No caso de matérias optativas, os alunos de duplo diploma, apesar de só poderem escolher ou o GCC ou o VET como departamento de formação, podem fazer matérias dos outros departamentos (GMM, GI, IMI e SEGF). É interessante programar antes de ir para a França as matérias que se deseja cursar lá, a fim de tentar eliminar matérias do curso aqui na UFMG. Por exemplo, a disciplina Mécanique des Fluides da ENPC corresponde às nossas disciplinas Mecânica dos Fluidos C, Hidráulica I e Hidráulica II (sim, uma de lá corresponde a três daqui!!!). Essas coisas, no entanto, são vistas juntamente com os professores Roberto Márcio e Nilo Oliveira, pois eles possuem um livreto com as ementas das disciplinas de lá e tudo o mais. Outro ponto é que é importante decidir o departamento e as disciplinas a cursar na França para reorganizar os seus horários antes de ir, aqui na UFMG. Por exemplo: estou no 7º período no momento, mas não faço a disciplina Hidráulica II nem a disciplina Planejamento de Transportes Urbanos e Regionais, pois existem equivalentes que eu farei na França (no entanto, isso se aplica à MINHA opção de matérias; repito, isso vai variar de aluno para aluno, de departamento para departamento e de matéria para matéria). Além disso, estou fazendo Geotecnia Ambiental (do 8º) e Fundações e Estruturas de Contenção (do 9º), para adiantar e ter menos matérias para fazer quando eu voltar da França (pois a idéia é que dê para terminar o curso em 6 meses após voltar). Porém, essas coisas não vem ao caso no momento e serão melhores discutidas depois, com os professores e tal.

Bom, vou parar por aqui hoje. Tenho mais um monte de tópicos para abordar (aliás, já escritos!), mas vou deixar para outros posts ou então este vai ficar tão grande que as pessoas terão preguiça de ler! =D

Grande abraço a todos os nossos leitores e aos meus colegas autores!
Share:

terça-feira, 2 de março de 2010

Dúvidas sobre bolsa, concorrência e etc...

Olá a todos!

Bom, hoje uma pessoa mandou um e-mail para o grupo com algumas dúvidas sobre o intercâmbio, e achei que são interessantes e que podem acontecer com mais pessoas. Então acho que seria um boa idéia respondê-las aqui, de forma que todos terão acesso e fica mais fácil discutir qualquer coisa.
Segue:

De quanto é a bolsa oferecida pela Capes?

A bolsa Capes é, atualmente, de 870 Euros, conforme nos foi informado pelos meninos que estão lá. Antigamente era 600 e o pessoal que ia pra ficar 6 meses disse que dava pra viver sim, mas de forma simplória: viagens mais caras tinham que ser com dinheiro de fora. Pelo que a gente vê conversando com o pessoal que está lá, parece que é suficiente sim. Ninguém se queixou até hoje. O índice de mortos de fome é 0%.

Quem vai fazer o intercambio não pode depois fazer nenhuma especialização, isso é verdade?

Não existe nenhuma relação de impedimento entre o intercâmbio e pós graduações aqui. O que sabemos é que a bolsa Eiffel, que é uma bolsa francesa de 1181 Euros, é dada preferencialmente a pessoas que visam ir para o mercado profissional. Portanto, para obter essa bolsa, a gente escreve no 'currículo': "Gostaria de me graduar e ir para o mercado de trabalho, etc e etc....". Para os padrões europeus, promessa é dívida. Não sei se existe um acordo formal que proíba os alunos de fazerem pós graduação depois de ter usufruído da bolsa Eiffel.
No mais, se você achar isso um problema, pode simplesmente abrir mão de concorrer à Eiffel e viver com a bolsa Capes, o que é um pouco torturante...

Acrescentando (19/03/2010): O que é dito sobre isso no edital da bolsa Eiffel é o seguinte:
Ítem 4: Les cas d'inéligibilité au programme Eiffel: c) Pour le volet MASTER, les etudiants se destinant aux professions de l'enseignement et de la recherche
Ou seja, a bolsa não é dada a estudantes que se destinam a profissões de ensino e pesquisa.

Ainda tem vagas pra poder ficar apenas 1 ano na frança?

Não existe mais essa possibilidade. A escola lá só está recebendo alunos de duplo diploma, 2 anos (pelo menos conosco foi assim...).

Foi muito concorrida a seleção?

Depende do conceito de concorrência. Candidatos por vaga são poucos (13 ou 14 pessoas tentando as 7 vagas, sendo duas destas vagas com a possibilidade de ser sem bolsa). Entretanto, o RSG médio do pessoal é alto.
Isso varia de ano pra ano, claro. Mas em geral, notas altas, iniciação científica e demais trabalhos acadêmico fazem a diferença na seleção!

Essa bolsa eiffel vale pelos dois anos?

Ao que tudo indica, sim!


É isso pessoal!



Abraços a todos!
Share: